quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Perspectiva


Convidado a experimentar outras formas de (se) olhar, outros possíveis enunciados sobre a sua experiência, o sujeito vai sendo capaz- assim lho permita o seu aparelho de pensar os pensamentos- de desenvolver em si próprio a capacidade de se interrogar de forma cada vez mais ampla, mais consciente dos seus mecanismos de defesa, da (sua) humana tendência à repetição, da monotonia (no sentido da invariabilidade e ausência de diversidade, mono tonal) muitas vezes mantida pelo sintoma. (...)
(...) O analista interpreta, e o paciente é surpreendido por ser (re)conhecido, ou pela proposta de um nova forma de (se) olhar. E, por vezes, vai ser possível que o ouçamos dizer: “...Que engraçado...nunca tinha pensado nisso...!”

Maria João Regala in “Muda e continua”: reflexões sobre criatividade e disjunção (3º Encontro da Associação Portuguesa de Psicanálise e Psicoterapia Psicanalítica - Criatividade)

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