A curiosidade é um dos indicadores de saúde mental. Sinal de
mente em expansão, insaturada, que quer conhecer e perceber mais e melhor o
mundo em que se insere. O seu e o dos outros, ou seja, o nosso mundo interno
(os nossos desejos, sonhos e angústias) e o mundo interno
dos outros (na medida em que é possível conhecer aqueles que nos rodeiam). E
ainda conhecer o mundo propriamente dito, a chamada realidade e suas
manifestações: cultura, política, ciência ou geografia. Tanto há para conhecer que
é de estranhar quando não há o menor sinal de interesse em perceber um pouco
melhor este lugar (mente, corpo e planeta) onde moramos. Nas crianças, a
curiosidade é um acto espontâneo. Pelo menos, até ao dia em que seja castrado.
Pois nem sempre a curiosidade infantil é bem recebida e quando assim é, a mente
começa a definhar ainda antes de se poder expandir. Perguntar é sinal de
reflexão. Querer saber é indicador de entusiasmo. Estudar, experimentar e
pensar são os promotores da evolução. Se assim não fosse, se nos bastasse a
rotina mecânica de um quotidiano qualquer, ainda hoje viveríamos nas cavernas,
sem fogo, sem roda e sem nada do que hoje conhecemos.
Transformação é a palavra-chave. Na vida ou há desenvolvimento ou instala-se a decadência. O estacionamento é uma ilusão. Nas palavras de Cervantes, “A estrada é sempre melhor que a estalagem” (António Coimbra de Matos)
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segunda-feira, 25 de agosto de 2014
sábado, 17 de março de 2012
Experiências
"Ora e se eu agora me virar de cabeça para baixo o que é que acontece?
Olha que interessante, assim vejo as coisas de maneira diferente!
É muito curioso, este mundo…!"
Olha que interessante, assim vejo as coisas de maneira diferente!
É muito curioso, este mundo…!"
quarta-feira, 14 de março de 2012
Pedrinha (Da Novidade, Diferença ou Mudança)
Sente-se em outra cadeira, no outro lado da mesa. Mais tarde, mude de mesa. Quando sair, procure andar pelo outro lado da rua. Depois, mude de caminho, ande por outras ruas, calmamente, observando com atenção os lugares por onde você passa. Tome outros ônibus. Mude por uns tempos o estilo das roupas. Dê os seus sapatos velhos. Procure andar descalço alguns dias. Tire uma tarde inteira para passear livremente na praia, ou no parque, e ouvir o canto dos passarinhos. Veja o mundo de outras perspectivas. Abra e feche as gavetas e portas com a mão esquerda. Durma no outro lado da cama... Depois, procure dormir em outras camas. Assista a outros programas de tv, compre outros jornais... leia outros livros. Viva outros romances. Não faça do hábito um estilo de vida. Ame a novidade. Durma mais tarde. Durma mais cedo. Aprenda uma palavra nova por dia numa outra língua. Corrija a postura. Coma um pouco menos, escolha comidas diferentes, novos temperos, novas cores, novas delícias. Tente o novo todo dia. O novo lado, o novo método, o novo sabor, o novo jeito, o novo prazer, o novo amor. A nova vida. Tente. Busque novos amigos. Tente novos amores. Faça novas relações. Almoce em outros locais, vá a outros restaurantes, tome outro tipo de bebida, compre pão em outra padaria. Almoce mais cedo, jante mais tarde ou vice-versa.
Escolha outro mercado... outra marca de sabonete, outro creme dental... Tome banho em novos horários. Use canetas de outras cores. Vá passear em outros lugares. Ame muito, cada vez mais, de modos diferentes. Troque de bolsa, de carteira, de malas, troque de carro, compre novos óculos, escreva outras poesias. Jogue os velhos relógios, quebre delicadamente esses horrorosos despertadores. Abra conta em outro banco. Vá a outros cinemas, outros cabeleireiros, outros teatros, visite novos museus. Mude. Lembre-se de que a Vida é uma só. E pense seriamente em arrumar um outro emprego, uma nova ocupação, um trabalho mais light, mais prazeroso, mais digno, mais humano. Se você não encontrar razões para ser livre, invente-as. Seja criativo. E aproveite para fazer uma viagem despretensiosa, longa, se possível sem destino. Experimente coisas novas. Troque novamente. Mude, de novo. Experimente outra vez. Você certamente conhecerá coisas melhores e coisas piores do que as já conhecidas, mas não é isso o que importa. O mais importante é a mudança, o movimento, o dinamismo, a energia. Só o que está morto não muda! Repito por pura alegria de viver: a salvação é pelo risco, sem o qual a vida não vale a pena!
Escolha outro mercado... outra marca de sabonete, outro creme dental... Tome banho em novos horários. Use canetas de outras cores. Vá passear em outros lugares. Ame muito, cada vez mais, de modos diferentes. Troque de bolsa, de carteira, de malas, troque de carro, compre novos óculos, escreva outras poesias. Jogue os velhos relógios, quebre delicadamente esses horrorosos despertadores. Abra conta em outro banco. Vá a outros cinemas, outros cabeleireiros, outros teatros, visite novos museus. Mude. Lembre-se de que a Vida é uma só. E pense seriamente em arrumar um outro emprego, uma nova ocupação, um trabalho mais light, mais prazeroso, mais digno, mais humano. Se você não encontrar razões para ser livre, invente-as. Seja criativo. E aproveite para fazer uma viagem despretensiosa, longa, se possível sem destino. Experimente coisas novas. Troque novamente. Mude, de novo. Experimente outra vez. Você certamente conhecerá coisas melhores e coisas piores do que as já conhecidas, mas não é isso o que importa. O mais importante é a mudança, o movimento, o dinamismo, a energia. Só o que está morto não muda! Repito por pura alegria de viver: a salvação é pelo risco, sem o qual a vida não vale a pena!
Edson Marques (E um pedido de desculpa por a autoria do poema ter sido atribuida a Clarice Lispector)
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quarta-feira, 12 de outubro de 2011
Pedrinha (Do que é novo)
O prazer com o novo é o motor do desenvolvimento pessoal e colectivo. O medo do novo é sinal de insegurança e causa de paragem do desenvolvimento ou mesmo regressão.
António Coimbra de Matos
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