sábado, 16 de abril de 2011

Psicanálise de Frida Kahlo

“Encontramos na obra de Frida Kahlo, a meu ver, uma força imperiosa que a impelia a desenvolver um sentimento de existência própria, que lhe permitisse suprir buracos psíquicos causadores de muita dor. Sua arte lhe servia como ponte para a sobrevivência psíquica. Ao lado disso, contava com um desejo de viver e uma criatividade que podia ser vista nas cores vibrantes de suas obras e no humor e ironia de suas cartas, assim como em seus momentos de irreverência. Nesses movimentos pode-se identificar o viver criativo e único que caracteriza sua vida e produção artística, e que nos impressiona pelo seu impacto afetivo.
Suas palavras falam por si:
Não me permitiram preencher os desejos que a maioria das pessoas considera normal, e nada me pareceu mais natural do que pintar o que não foi preenchido (…) Minhas pinturas são (…) a mais franca expressão de mim mesma, sem levar em consideração julgamentos ou preconceitos de quem quer que seja (…) Muitas vidas não seriam suficientes para pintar da forma como eu desejaria e tudo que eu gostaria.”

(excerto do trabalho Frida Kahlo: a pintura como processo de busca de si mesmo, de Gina Khafif Levinzon, membro da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo)

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