"Eu penso assim. Eu penso assim. Mas
quero perceber o que tu pensas. Eu sinto assim. Mas quero ouvir o que tu
sentes. E tu, queres saber o que eu penso? Queres saber o que eu sinto?" É
que uma das poucas certezas que podemos ter é que poucas coisas são certas. Por
'certas', entenda-se, verdades absolutas. Exceptuando talvez o mundo matemático
(ciência dita exacta em que 2 + 2 são sempre 4). Tirando isso e pouco mais, a
leitura que fazemos da vida, das pessoas e das situações é apenas a nossa
leitura. Por mais objectivos que tentemos ser, ela é sempre fruto de quem somos
e do que vivemos. Dos 'óculos' que usamos. É, por isso, preciso cada vez mais
interesse e respeito pela opinião do outro ao invés de viver em campos de
batalha entre o que eu penso e o que tu pensas, o que eu sinto e o que tu
sentes. Entre o 'certo' e o 'errado'. O que é isso de querer ter razão? Os
conflitos surgem da incapacidade de ouvir e entender a perspectiva do outro. É
preciso respeito. E depois, já agora, flexibilidade. É preciso descentrarmo-nos
dos nossos umbigos. E o mais simples e paradoxalmente complexo de tudo isto é
perceber que no fim de contas o que é mesmo preciso é amar o outro. O amor pelo
outro implica sempre o respeito pela diferença.
Transformação é a palavra-chave. Na vida ou há desenvolvimento ou instala-se a decadência. O estacionamento é uma ilusão. Nas palavras de Cervantes, “A estrada é sempre melhor que a estalagem” (António Coimbra de Matos)
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário