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segunda-feira, 15 de setembro de 2014

No fim vai tudo dar ao mesmo


"Eu penso assim. Eu penso assim. Mas quero perceber o que tu pensas. Eu sinto assim. Mas quero ouvir o que tu sentes. E tu, queres saber o que eu penso? Queres saber o que eu sinto?" É que uma das poucas certezas que podemos ter é que poucas coisas são certas. Por 'certas', entenda-se, verdades absolutas. Exceptuando talvez o mundo matemático (ciência dita exacta em que 2 + 2 são sempre 4). Tirando isso e pouco mais, a leitura que fazemos da vida, das pessoas e das situações é apenas a nossa leitura. Por mais objectivos que tentemos ser, ela é sempre fruto de quem somos e do que vivemos. Dos 'óculos' que usamos. É, por isso, preciso cada vez mais interesse e respeito pela opinião do outro ao invés de viver em campos de batalha entre o que eu penso e o que tu pensas, o que eu sinto e o que tu sentes. Entre o 'certo' e o 'errado'. O que é isso de querer ter razão? Os conflitos surgem da incapacidade de ouvir e entender a perspectiva do outro. É preciso respeito. E depois, já agora, flexibilidade. É preciso descentrarmo-nos dos nossos umbigos. E o mais simples e paradoxalmente complexo de tudo isto é perceber que no fim de contas o que é mesmo preciso é amar o outro. O amor pelo outro implica sempre o respeito pela diferença.


segunda-feira, 14 de julho de 2014

Do Outro Lado do Espelho


O que nos mostra afinal um espelho? O espelho reflecte uma imagem, mas o que nós percepcionamos dessa imagem é sempre uma interpretação pessoal e única. Ou seja, a percepção é subjectiva. O “espelho” reflecte aquilo que queremos/conseguimos ver e, por isso, é “mentiroso”. Às vezes mostra algo em excesso, outras, mostra por defeito. Por vezes, entorta o que está direito mas também endireita o que está torto. Assim, quando duas pessoas se encontram em frente a um mesmo espelho, vêem coisas diferentes e avaliam o que vêem de maneira diferente. Como também cada artista aborda de maneira diferente a mesma realidade ou tema na sua obra. Não há duas percepções iguais.
Esta ideia de subjectividade aplica-se não apenas à percepção visual mas também a muitas outras questões que percepcionamos na nossa realidade do dia-a-dia. É válida para a ideia-imagem que fazemos de nós próprios mas também para a ideia-imagem que fazemos dos outros e da vida em geral. Quando fazemos um julgamento sobre nós ou sobre os outros, nunca podemos considerar-nos juízes imparciais. E por isso é perigoso ver as coisas a preto ou branco. Pouca coisa será verdade absoluta no mundo e particularmente nas relações entre as pessoas onde cada um pensa e interpreta as situações consoante as suas “lentes”. Em última análise, o que é isso da realidade senão a nossa interpretação? Quantas vezes nos apercebemos de que a nossa visão das coisas difere daquilo que os outros pensam? Até as noções de certo ou errado são referenciais que variam muito de pessoa para pessoa. Na verdade, dificilmente podemos pretender ver a realidade nua e crua, livre de leituras subjectivas, de opiniões intoxicadas ou de lentes embaciadas.

Porém, o que faz de nós quem somos reside também nessa visão única que temos do mundo e das coisas. É dessa riqueza que nasce ao vermos o mundo de forma diferente que se faz a massa humana. É por pensarmos todos de forma diferente que nascem as mais belas ideias. Podemos não ser capazes de apreender a realidade tal e qual como ela é mas ter esta consciência torna-nos mais livres para poder um dia ver as coisas de outra perspectiva, para espreitar por detrás do espelho e procurar se lá se esconde uma outra verdade. Torna-nos também capazes da grande faculdade de ouvir os outros, de aceitar outras realidades e outros sentires. De valorizar aquilo que, apesar de nos ser estranho, até pode fazer sentido. Do outro lado do espelho, para lá daquilo que vemos, está então aquilo que nem sempre conseguimos ver: um mundo inteiro de outras possibilidades à nossa espera.

sexta-feira, 10 de maio de 2013

sábado, 10 de novembro de 2012

Pedrinha (Sobre a Psicanálise?)


"We work in the dark — we do what we can — we give what we have. Our doubt is our passion and our passion is our task. The rest is the madness of art."

Henry James

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Pedrinha (Da subjectividade da "culpa")


O sentir-se alguém "culpado" e "pecador", não prova que na realidade o seja, como sentir-se alguém bem não prova que na realidade o esteja.

Friedrich Nietzsche, in 'Genealogia da Moral'

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Coisas Boas

Matisse - Acrobatic Dancer
 Ou como diria Isabel Abecassis Empis, "Cada um vê o que quer num molho de couves"!