segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Aqui vou eu!


Segunda-feira. 2015. Lua cheia. Não nos podemos esconder mais porque a luz incide hoje em pleno sobre nós. Ilumina a penumbra onde tantas vezes nos escondemos e recorda-nos que é tempo de recomeçar. É que o fim das festas (ou o fim das férias) nem sempre é fácil. Há um pequeno luto que se faz quando o quotidiano retoma o seu curso e as responsabilidades chamam por nós. São as dores da realidade, sempre impiedosa. No entanto, é a realidade (e os limites que nos impõe) que nos permite saborear as festas e as férias e a vida com a alegria de uma criança. Sem ela, tudo perderia a sua riqueza. Pior, sem ela, tudo perderia o norte. A realidade dá-nos direcção, um sentido e um significado. Sem ela, os dias seriam uma sucessão de dias sem conteúdo, conduzindo-nos inevitavelmente à apatia, ao tédio e ao vazio. Pois por mais que neguemos, o ser humano precisa absolutamente de produzir e de criar para se sentir pessoa.

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