Aprendi com tudo isso que aprende mais rápido quem sabe olhar
em diferentes direcções e adopta novos ângulos de visão; aprende mais rápido
quem escuta o outro, quem se dispõe a abandonar os seus desejos ou crenças para
criar espaço; aprende mais rápido quem é humilde e também quem aceita sem
oferecer excessiva resistência; aprende mais rápido quem não tem medo de dobrar
ou de cair e quem se ri de si mesmo quando tal acontece; aprende mais rápido
quem não se deixa apanhar pela vergonha de falhar, de fazer mal feito; aprende
mais rápido quem se expõe, porque se arrisca; aprende mais rápido quem se
desapega da prepotência de querer aquilo naquele momento e daquela maneira: às
vezes não dá. Aprende mais rápido quem tenta distinguir o possível do
impossível. Ou seja, aprende mais rápido quem respeita a realidade enquanto ser
gigante que não se verga e por isso aceita a impotência de viver nela e com
ela. Aprende mais rápido quem não perde mais que o tempo suficiente a
lamentar-se ou a enraivecer-se com isso. Aprende mais rápido que tem essa
capacidade de ajustamento e/ou adaptação. Porém, aprende mais rápido quem se
permite sair da harmonia da adaptação quando surgem perguntas e se impõe um
outro entendimento. De resto, e enquanto isto, aprende sempre mais rápido quem
intui que o tempo também tem o seu papel e escolhe avançar — à distância
entendem-se melhor as coisas.
Transformação é a palavra-chave. Na vida ou há desenvolvimento ou instala-se a decadência. O estacionamento é uma ilusão. Nas palavras de Cervantes, “A estrada é sempre melhor que a estalagem” (António Coimbra de Matos)
domingo, 8 de novembro de 2015
Do que aprendi
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