Transformação é a palavra-chave. Na vida ou há desenvolvimento ou instala-se a decadência. O estacionamento é uma ilusão. Nas palavras de Cervantes, “A estrada é sempre melhor que a estalagem” (António Coimbra de Matos)
sábado, 26 de janeiro de 2013
quinta-feira, 17 de janeiro de 2013
segunda-feira, 14 de janeiro de 2013
Corpos que Falam o que a Cabeça não Pensa
O drama maior é que em muitas pessoas, e
em particular nas crianças, a ansiedade e a tristeza se resolvem por doenças e
por comportamentos.
João
dos Santos (1980)
domingo, 13 de janeiro de 2013
Corpo e Psique - Definhar e Florescer
"Os estados afectivos persistentes de natureza penosa,
ou, como se costuma dizer, 'depressiva', tais como desgosto, a preocupação e a
tristeza, abatem a nutrição do corpo como um todo, causam o embranquecimento
dos cabelos, fazem a gordura desaparecer e provocam alterações patológicas nas
paredes dos vasos sanguíneos. Inversamente, sob a influência de excitações mais
alegres, da 'felicidade', vê-se o corpo inteiro
desabrochar e a pessoa recuperar muitos sinais de juventude. Evidentemente, os
grandes afectos têm muito a ver com a capacidade de resistência às doenças
infecciosas; um bom exemplo disso é a observação médica de que a propensão a
contrair tifo e disenteria é muito mais significativa nos membros de um
exército derrotado do que na situação de vitória. Ademais, os afectos – embora
quase que exclusivamente os depressivos – muitas vezes bastam por si mesmos
para ocasionar doenças, tanto no tocante aos males do sistema nervoso com
alterações anatómicas demonstráveis quanto no que concerne às doenças de outros
órgãos." (Freud em "Tratamento Psíquico (ou Anímico)", 1905)
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Afectos,
Corpo,
Depressão,
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Saúde Mental
domingo, 6 de janeiro de 2013
Reflexão no Sapatinho (em Dia de Reis)
No
Natal passado especulou-se sobre o que estaria para chegar. Continuamos aqui,
ainda inteiros, e depois de um ano de dificuldades, penso que podemos pensar
sobre o outro lado da moeda, que mostra que estamos humanamente mais
“crescidos”. Arriscando dizer que somos hoje menos individualistas, já que nunca
como agora houve tanta consciência social. Repare-se no aumento exponencial de
movimentos solidários de recolha e distribuição de alimentos, brinquedos,
vestuário, livros, e tudo o mais que possa faltar numa casa de família. E não
só a nível institucional, mas atitudes solidárias em pequena escala, que nascem
do coração de alguns.
Sabemos
de famílias que este ano produziram, criativamente, os seus próprios enfeites
de Natal, recorrendo a materiais caseiros ou recolhidos na rua, trabalhando
afincadamente na exploração de tintas, papéis e tesouras. Tudo o que é feito
com as nossas mãos tem cheiro a afectos e com um carinho especial se orgulham
dos seus enfeites mais do que de qualquer outro adquirido anteriormente num balcão
alheio.
Parece
também que todos reduziram a sua lista de presentes, que não só incluía a “prima
da vizinha” (tantas vezes só para parecer bem) como também incluía presentes de
valor o mais elevado possível (como se o valor fosse espelho do afecto nutrido
pelo outro). Hoje procuram-se presentes mais adequados e em quantidade mais
adequada. Sobretudo, é o acto de compra impulsiva que perde força este Natal. Pensa-se
mais antes de agir. Mais, muitos fazem este ano os seus próprios presentes ao
invés de comprar e há ainda quem prefira aderir a iniciativas de pequenos
comerciantes ou artesãos. Porque prosperam negócios caseiros, de elevada
qualidade e preço acessível, nascidos da necessidade e da criatividade de gente
cheia de talento que nunca deu oportunidade a si mesma de pôr mãos ao trabalho
e deixar a imaginação voar. Trabalhos de bijuteria, de costura, de culinária, de
pintura e experiências a tantos níveis. Artesãos dos tempos de crise que talvez
encontrem aqui, este Natal, a semente de uma ideia que venha a germinar no
futuro.
Em
poucos meses, e embora quase por obrigatoriedade, caiu por terra a atitude
excessivamente consumista e passiva que coloriu o Natal dos últimos anos. E,
curiosamente, não deixamos de sentir um “espírito natalício” por aí, que agora
parece vir mais de dentro para fora e não tanto de fora para dentro. Nem tudo o
que nasce no seio de uma crise é necessariamente mau, e assim, começando com um
Natal mais humano, quem sabe depois esta postura possa ir entrando devagarinho
pelas nossas casas, ensinando-nos um equilíbrio social e económico que
poderíamos estar quase a perder de vista.
Bom ano!
Para ganhar um Ano
Novo
que mereça este nome,
você, meu caro,
tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo,
eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você
que o Ano Novo cochila
e espera desde sempre.
você, meu caro,
tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo,
eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você
que o Ano Novo cochila
e espera desde sempre.
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