"When the power of love overcomes the love of power the world will know peace"
Happy Birthday Jimi Hendrix!
Transformação é a palavra-chave. Na vida ou há desenvolvimento ou instala-se a decadência. O estacionamento é uma ilusão. Nas palavras de Cervantes, “A estrada é sempre melhor que a estalagem” (António Coimbra de Matos)
terça-feira, 27 de novembro de 2012
sábado, 24 de novembro de 2012
sexta-feira, 23 de novembro de 2012
quinta-feira, 22 de novembro de 2012
Umbigos
O narcísico,
como o autista e o psicótico – não fossem todos eles egocêntricos –, julgando ver o mundo, não vê senão
a sua barriga. Para ele, o centro do mundo é o próprio umbigo; pelos outros
não se interessa minimamente, não o preocupam nem o ocupam, é como se não
existissem – a não ser na medida em que lhe possam ser úteis (o seu investimento objectal é apenas
funcional ou instrumental – o outro é usado como um instrumento, para realizar
uma função de que não dispõe ou é débil). Centra-se em si mesmo, gravita à
volta da sua nulidade, pensando – talvez – que com isso pode acender o pavio da
sua humanidade extinta. Sim, porque a humanidade gera-se no interesse pelos
outros humanos; de contrário, não existe: apaga-se ou não chega a nascer.
Mas quem disse “nascer” e “existir”? Responde-se: nasce-se no “útero mental” do objecto, no pensamento
e no afecto de quem nos deseja, ama e sonha, de quem gosta e aposta em nós;
vive-se, existe-se, se
esse investimento em nós persiste.
A tragédia da desordem mental, seja
ela a doença com sintomas ou a perturbação da personalidade com traços patológicos,
é esta: a falta ou a perda desse “ninho da alma”, dessa “Terra Prometida”.
António
Coimbra de Matos (in reflexão “Princípio e Continuação”)
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segunda-feira, 19 de novembro de 2012
sexta-feira, 16 de novembro de 2012
Dentro e Fora
Fui muito feliz em alguns dias de chuva. É que quando faz sol
cá dentro até podem cair pedras. O tempo de fora não conta quando é Verão
dentro de nós. Quando o cinzento de fora espelha o cinzento de dentro é que se
torna mais difícil não ir na onda. É um bocadinho como a crise. Quando a crise
lá fora espelha as crises cá de dentro tudo parece ainda mais negro. Há muita
gente aí aos berros e às pedradas. Cá para mim há muita gente aos berros e às
pedradas mas nem sabem bem que crise é que as oprime. Se a de fora se a de
dentro. Sem querer negar a realidade do tempo ou da economia quero poder ser
feliz em dias de chuva e quero poder ser feliz em dias de crise. Era bom que
para além de olhar pela janela olhássemos um pouco mais para dentro da nossa
‘casa’. Pode precisar de alguma arrumação, limpeza ou transformação. Ou
aquecimento. Há muitas ‘casas’ demasiado geladas!
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quarta-feira, 14 de novembro de 2012
Tecnologicamente Acompanhados
Ao
mesmo tempo que todos reconhecemos as maravilhas da evolução tecnológica,
sabemos também que nem sempre estes recursos são utilizados da melhor forma. Assim,
surgiu há pouco tempo o termo “nomofobia”, uma palavra
que resulta da contracção da expressão inglesa “no mobile phobia”. Refere-se ao medo de ficar impossibilitado de
aceder ao telemóvel. Também se aplica ao medo de ficar desconectado das redes
sociais (pelo menos até alguém inventar um qualquer nome específico também para
isso). Com a proliferação dos smartphones,
podemos dizer que uma coisa e a outra (telemóvel e redes sociais) estão cada
vez mais relacionadas. Dizem os dados de um estudo efectuado em Fevereiro, no
Reino Unido, que 66% dos inquiridos diz-se "muito angustiado" com a
ideia de perder o seu telemóvel. A proporção chega a 76% nos jovens entre os
18-24 anos, segundo um outro estudo. Cerca de 40% dos indivíduos consultados
afirmaram possuir mais de um aparelho.
Posto isto, que ninguém se assuste ou despreze a tecnologia com
receio de “apanhar” uma fobia, visto que elas não se pegam nem se reproduzem. Esta
“nova fobia” é apenas um nome para mais uma manifestação de ansiedade, manifestações,
estas, que se transformam em função dos tempos e das realidades. Sempre houve
medo, ansiedade e pânico, o que muda é o meio que nos envolve a forma como,
consequentemente, manifestamos essas emoções.
Este receio de ficar desligado da tecnologia permite uma análise
mais adequada e profunda, já que ele representa, sobretudo, a incapacidade de
estar só. Como se, ao “desligar” o telemóvel ou o computador, corressemos o
risco de, também nós, nos desligarmos dos outros e, os outros, de nós. Certo é
que só dependemos de estar insistentemente ligados aos outros se precisarmos
deles para não nos sentirmos sós e/ou quando não confiamos o suficiente nas
relações e nos afectos que nos rodeiam, exigindo um contacto sistemático que
afaste os nossos medos.
Quando sozinhos consigo próprios, muitos se sentem invadidos por
um vazio insuportável. Ou, ainda, invadidos por pensamentos que, pelo menos ao
falar com alguém, se vão dissipando com mais facilidade. Uma companhia é, sem
dúvida, um forte distractor. E, aqui, entra a tecnologia: o telemóvel e as
redes sociais vieram facilitar, indubitavelmente, a comunicação entre as
pessoas. Deixou de ser preciso esperar muito para falar com alguém, as pessoas
vivem à distância de uma chamada ou de um click. Permanece a questão mais
importante de todas: Estamos a usar estas facilidades de comunicação e ligação
de forma saudável, ou antes como um remédio fácil que mascara a incapacidade de
estar só por um segundo que seja?
sábado, 10 de novembro de 2012
Pedrinha (Sobre a Psicanálise?)
"We work in the dark — we do what we can — we
give what we have. Our doubt is our passion and our passion is our task. The
rest is the madness of art."
Henry James
terça-feira, 6 de novembro de 2012
Pedrinha (Da impulsividade)
O adolescente não pensa
antes, pensa depois.
Manuel Matos (in Adolescência – Representação e Psicanálise)
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segunda-feira, 5 de novembro de 2012
Pedrinha (Das Crianças-Heróis)
Quanto heroísmo não é necessário para vencer e ultrapassar os
monstros que povoam a imaginação infantil desde a mais precoce idade da razão!
Quanto heroísmo para vencer as injustiças do meio familiar e social! Quanta
coragem para que uma criança tenha de se insensibilizar a situações que
ultrapassam o seu poder real! Quanta força interior é necessária para a criança
se construir a si própria como pessoa, perante a indiferença e o abandono dos
maiores!
João dos Santos
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